domingo, 25 de maio de 2008

LACUS PROFUNDITUS, performance, 2008


"A responsabilidade do artista consiste em aperfeiçoar seu trabalho
de modo a que ele possa se tornar atrativamente desinteressante."

John Cage



Há um distanciamento entre o espectador e as obras produzidas na contemporaneidade. Fruto da desreferencialização e despolitização da realidade em que o indivíduo está inserido enquanto espectador e artista, observadores desta arte que se vincula diretamente ao cotidiano, com seus significantes, significados, leituras e vivências. Não fruir a arte produzida e exposta é não perceber o meio em que se está submerso. Alienígena de si.

A atitude escarnecedora sobre esta arte (pós-moderna) pode revelar um indivíduo “insensível” e despreocupado, e gera nos artistas uma volta ao seu propósito primeiro na criação da “obra de arte” -suas intenções-, bem como os valores empregados e convicções sobre o que realmente está produzindo. Levando-o a reflexão.

O riso é revelador e questionador. Música intermitente de ritmo e melodia variável. Contagiante ou constrangedora. Aceptora de canais de significância, de crítica e de mero deleite sensorial.

A performance intitulada LACUS PROFUNDITUS (aprox. 7min.) tem o propósito de questionar e provocar a arte, o artista e o espectador, quanto aos seus meios e poéticas. Partindo do riso como elemento de reflexão.

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